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Imagem: Julia Passos
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Relatório elaborado pela Comissão de Educação
da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) apontou que
escolas da rede estadual de ensino têm dificuldades para cumprir protocolos
sanitários de combate ao coronavírus. A comissão visitou 98 unidades de ensino,
em 33 municípios, e concluiu que o cenário coloca em risco a saúde de
estudantes, professores e funcionários na volta às aulas. O documento foi
entregue ao Secretário Estadual de Educação, Alexandre Valle, nesta
quinta-feira (12/08).
O estudo aponta que
faltam funcionários para aferir as temperaturas e a limpeza das salas de aula
entre os turnos. Grande parte dos locais visitados conta com duas ou mais
entradas, o que ajuda a manter o distanciamento, mas apenas 11,7% das unidades
escolares estavam com os dois portões abertos, justamente pela falta de
funcionários de apoio. O relatório pontua ainda que algumas das escolas não
possuem ventilação adequada, pois as janelas são lacradas. O problema da
circulação de ar também é verificado em 46,4% das salas dos professores.
"A imunização
completa dos profissionais de educação é uma esperança para diminuição do risco
de contágio nas escolas, mas precisa vir acompanhada de mudanças nas condições
dos espaços físicos", afirma o presidente da comissão, deputado Flávio
Serafini (PSOL).
A comissão destacou que
é preciso um programa de inclusão digital eficiente, com a distribuição de
material e acesso à internet; redução do número de alunos por turmas para
assegurar menores chances de contaminação por coronavírus, em 2022;
recomposição das equipes pedagógicas e a elaboração de uma estrutura de
rastreamento, em parceria com a Secretaria de Saúde, dos casos suspeitos de
covid, uma vez que 70% das escolas não realizam esse trabalho de investigação.
O relatório mostra ainda
a necessidade de construção de novas unidades, pois algumas funcionam em regime
de convênio com o município e em prédios alugados, o que torna
mais difícil adequar o sistema de ventilação. Ao final, o estudo sugere a
criação de um comitê científico para debater a volta às aulas, com abertura de
um canal para acolher denúncias e preocupações, além da produção de uma
proposta de planejamento à Seeduc de pontos urgentes na agenda das escolas.
Até o final de agosto,
disse Serafini, será marcada uma audiência pública com a presença do secretário
estadual de Educação para que a pasta possa apresentar o que fez em relação às
questões indicadas pela comissão nesse estudo.
Fonte: http://www.alerj.rj.gov.br/Visualizar/Noticia/51192
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